sexta-feira, 20 de maio de 2016

Azoospermia e anejaculação, disfunções masculinas que se tornam cada vez mais frequentes.

Não se assuste! Estes problemas têm solução e nem sempre são sinônimos de infertilidade.


    A vergonha impede que os homens tratem seus problemas sexuais. (Foto: Getty Images)
Por diferentes motivos, acredita-se que a azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmem) e a anejaculação (ausência da ejaculação em si) são problemas cada vez mais frequentes.
O estilo de vida, a poluição, o estresse e outros fatores causam “alterações” que, de acordo com estudos e relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS), podem produzir esterilidade.
O aumento de tumores testiculares e da diabetes podem ser fatores determinantes para estas disfunções A incidência de câncer de testículo duplicou nas últimas décadas. No entanto, a sobrevivência a tumores em geral aumentou, graças aos avanços nos tratamentos.
Além disso, a diabetes também está associada a vários fatores de risco para a redução de fertilidade, como a disfunção erétil, ejaculatória e o hipogonadismo. 
O risco aumenta com a falta de controle da glicose no sangue, resistência à insulina e aumento do índice de massa corporal. Mas apesar de ser cada vez mais frequente, pouquíssimos homens procuram diagnóstico e tratamento para o problema. 
   A diabetes está associada a muitas disfunções sexuais masculinas. (Foto: Getty Images)
Sociedad Española de Bioquímica Clínica y Patología Molecular (SEQC) insiste que os homens se conscientizem sobre a necessidade de fazer exames de rotina e consultar um médico em caso de qualquer anomalia perceptível no sêmem.
Disfunções ejaculatórias devem ser diagnosticadas e tratadas para que não interfiram no desenvolvimento normal das relações sexuais ou na capacidade reprodutiva do homem.
Dentre estas disfunções, destaca-se a azoospermia, ou ausência de espermatozoides no sêmen. Há dois tipos de azoospermia: 
  • Azoospermia obstrutiva ou excretora: Onde há produção de espermatozoides, mas ocorre uma obstrução seminal nos tubos que transportam o esperma dos testículos até a uretra para ser expelido durante a ejaculação. Este problema pode ser ou não congênito.
  • Azoospermia secretora: É considerada a forma mais grave, porque os testículos não produzem espermatozoides.  Quando há um problema na produção de esperma, pode ser devido a uma patologia genética, ou pode ser o resultado de uma infecção nos testículos após o uso de certos medicamentos. 
Estes problemas podem ‘comprometer’ a fertilidade do homem. Estima-se que o número de espermatozoides por ml de sêmen deve exceder 20 milhões.
    Para comprovar que tudo está bem costuma-se fazer um espermograma, um exame que permite realizar uma análise do sêmen para contar o número de espermatozoides presentes no esperma.
A análise do sêmen é o exame complementar que oferece mais informações para o diagnóstico e prognóstico andrológico, dado que a disfunção espermática é a causa isolada mais frequente da infertilidade. Ela não apenas fornece informações sobre ostatus fértil do homem, mas também é útil para decidir qual técnica de reprodução assistida é a mais adequada para o tratamento do casal.
A análise do sêmen também pode ser feita para complementar diagnósticos de endocrinopatias, problemas urogenitais, e de condições oncológicas e hematológicas.
Desta forma, os pacientes têm a opção de congelar seus gametas antes de se submeterem a tratamentos agressivos de radio ou quimioterapia. Outra função do laboratório de andrologia é a técnica de lavagem de sêmen de homens com doenças infecciosas transmissíveis, para garantir que o vírus em questão não seja transmitido à parceira e o casal possa conceber um bebê saudável.
Uma vez confirmado que não há espermatozoides no esperma, o procedimento é fazer uma biopsia testicular. Esta pequena amostra de tecido testicular será observada em um microscópio para detectar as possíveis alterações das células produtoras de espermatozoides.
Conforme explica a Dra. Isabel Sánchez Prieto, que faz parte da Comissão de Andrologia e Técnicas de Reprodução Assistida da Sociedade Espanhola de Bioquímica Clínica e Patologia Molecular (SEQC): “A azoospermia nem sempre é sinônimo de infertilidade. Em quase todos os homens com azoospermia obstrutiva, e em muitos com azoospermia não obstrutiva, é possível obter espermatozoides, fazendo uso de diferentes técnicas para conseguir uma gestação biológica.”
Por outro lado, a anejaculação (ausência de ejaculação) pode surgir por diversos motivos de caráter hormonal e/ou psicológico, ou como consequência de outros problemas sérios de saúde, como diabetes, inflamação na próstata, transtornos neurológicos, lesões medulares, ou uso de medicamentos antidepressivos.
De qualquer forma, tanto esta quanto qualquer outra disfunção sexual deve ser diagnosticada e tratada com métodos como a eletroejaculação, a vibroestimulação, a extração de espermatozoides e a massagem prostática.
Para que o problema possa ser resolvido, é preciso que os homens não deixem de consultar um médico ao identificarem possíveis problemas de saúde sexual, algo que eles muitas vezes não fazem por vergonha, de acordo com um relatório do Instituto de Medicina Sexual (IMS) da Espanha.
“Em primeiro lugar, deve-se compartilhar o que está acontecendo com a parceira, se houver uma, pois ela sempre será a melhor confidente e, em algumas situações, irá participar do tratamento,” diz o Dr. Mariano Rosselló Barbará, diretor do IMS. Em seguida, é preciso consultar um ginecologista ou andrologista.
         A parceira deve ser fonte de apoio e confiança, para que o assunto possa ser tratado normalmente. (Foto: Getty Images)
Conversar sobre o problema é importante, assim como seguir as recomendações básicas para uma boa saúde sexual:
1. Vida saudável: Isto implica em seguir uma dieta equilibrada, dormir 7-8 horas por noite e praticar pelo menos 30 minutos diários de exercícios físicos, o que irá melhorar a predisposição e capacidade sexual. Atualmente, estima-se que 6 em cada 10 homens com disfunção erétil estão acima do peso.
2. A idade não importa: Erroneamente, muita gente acredita que só os jovens fazem sexo e que problemas sexuais “são coisas da idade”. No entanto, não há idade limite para se fazer sexo e os problemas podem surgir a qualquer momento. Não é à toa que muitos jovens têm problemas de ejaculação precoce ou disfunção erétil.
3. Sua parceira é sua melhor amiga: Quando o assunto é encontrar a solução para o problema e colocar sua vida sexual nos trilhos, confie na sua parceira. Este é apenas mais um exemplo de que a comunicação entre o casal faz milagres. Na verdade, em muitos casos, o tratamento de certas doenças inclui a participação do casal.
4. Ao perceber problemas, procure um médico: Muitos problemas sexuais permanecem sem diagnóstico por anos, seja pela falta de sintomas, pela negligência do paciente ou por se acreditar que este tipo de problema “passa por conta própria”. No entanto, é essencial procurar um especialista ao perceber qualquer problema de saúde.
5. O especialista pode ajudá-lo: Algumas mulheres procuram seu ginecologista para saber sobre o problema sexual do marido, mas esta pode não ser a resposta. Você precisa procurar médicos especializados em problemas sexuais masculinos.Os andrologistas são aqueles que se dedicam ao estudo da função sexual e reprodutiva masculina. Sexólogos se especializam nas dificuldades sexuais do casal.
6. Deixe a vergonha de lado: Os problemas de saúde sexual podem ter causas orgânicas e psicológicas (algumas vezes, até existenciais), por isso devem ser tratados da mesma maneira que qualquer outra patologia. Abandone a vergonha e marque uma consulta o quanto antes! Há também consultas online ou por telefone, o que facilita o processo.
7. Com o diagnóstico, vem a solução: Um diagnóstico é a base para atacar a raiz do problema. Hoje em dia, há tratamentos comportamentais, cirúrgicos e farmacológicos que oferecem bons resultados. Tome cuidado com os chamados “produtos milagrosos”. Não tome nada que não tenha sido prescrito pelo médico, muito menos sem um diagnóstico confiável primeiro.
8. Vida sexual ativa: A ausência de disfunção sexual não é suficiente para sua saúde sexual. Cultive o autoconhecimento do seu corpo, o desejo e a intimidade com sua parceira.É necessário arranjar espaço nas agendas lotadas, antecipar e planejar encontros com antecedência, antes que a rotina e o estresse acabem com sua vida sexual.
    9. Sexo seguro: Para evitar problemas de saúde, é preciso ficar de olho no risco de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), respeitando as medidas de higiene e somente fazendo sexo desprotegido em caso de monogamia, quando o casal já descartou qualquer risco. Um bom conselho para se proteger de infecções seria urinar após ter relações sexuais.
10. Nem sempre uma pesquisa na internet resolve: Não acredite em sites que oferecem produtos milagrosos num clic, pagando com cartões de crédito, para resolver seus problemas. Consulte-se com profissionais credenciados em Medicina e especialistas em Saúde Sexual, que poderão oferecer conselhos confiáveis, responder perguntas com respaldo científico e fornecer a assistência necessária para o seu caso.
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 

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