sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cinco mentiras sobre orgasmos múltiplos

    (Getty Images)

Não é o curupira, a loira do banheiro, o bicho papão. Orgasmos múltiplos existem mesmo. Como poucas mulheres tiveram o prazer – literalmente – de conhecê-los, fica parecendo folclore, lenda urbana e historinha pra boi dormir. Imagino que você já tenha lido muita bobagem por aí, então derrubo aqui os cinco mitos mais comuns sobre o assunto…
1.       “Um orgasmo que não acaba nunca”
Nenhuma mulher fica numa espécie de transe por meia hora, estremecendo e se contorcendo sem parar. Se for o caso, leve ao hospital porque ela pode estar em convulsão. E não é de prazer. Orgasmos múltiplos são vários orgasmos na mesma relação sexual, com intervalos entre um e outro estímulo/posição. Digamos que ela goze no sexo oral, depois por cima, de quatro… Assim, de uma vez, sem cigarrinho e cochilo básico. A cantora Thalia declarou à imprensa que é comum ter 50 orgasmos numa noite – ãhã, daí ela morre e ressuscita, néam?
2.       “Só mulheres insaciáveis conseguem”
Não tem nada a ver com ter muito tesão ou transar ininterruptamente até desidratar de suor e perder quatro quilos. Nem é uma questão fisiológica/anatômica: toda mulher é capaz de alcançar essa proeza. Mas não cai do céu, miga. Elas não são sortudas, apenas conhecem bem o próprio corpo e como gostam de ser tocadas porque se masturbam – vão indicando pro(a) parceiro(a) se está legal, se deve aumentar a pressão e a velocidade etc. Estão à vontade, relaxadas, concentradas em cada sensação. E até nesses casos é difícil que aconteça! Orgasmo múltiplo não vem quando a gente quer.Vamos combinar que, para muitas de nós, conseguir UMZINHO já é glória-aleluia (sabia que uma em cada três brasileiras quase nunca goza?).
3.       “Basta continuar friccionando”
Mais ou menos. Uma pesquisa do site gringo OMGYES entrevistou duas mil mulheres sobre suas práticas sexuais – mais da metade daquelas que têm orgasmos múltiplos disse não suportar carícias no clitóris depois da primeira gozada. É normal que o pequenino órgão fique ultrassensível a ponto de incomodar ou doer se você insistir em friccioná-lo, do mesmo jeito que muitos caras sentem certa aflição na glande minutos após ejacular. Tem que mudar o foco e a estratégia: por exemplo, partindo para lábios vaginais, mamilos, ânus etc. Surpreender áreas que não estão tão aquecidas…
4.       “Há uma posição infalível”
Mentira! Esqueça aqueles manuais exagerados pra vender revista. Não somos máquinas com botões iguais de ligar/desligar. Algumas mulheres têm orgasmos ao receber sexo oral, outras acham só legalzinho. Algumas não sentem nem cosquinhas na penetração, outras gemem horrores. E por aí vai. Claro que há pistas relativamente fáceis, como posições que friccionam o clitóris (tipo a mulher cavalgando), e o tal do ponto G (a uns três centímetros da entrada da vagina). Mas ela pode ter orgasmos múltiplos deitada de barriga pra cima, sozinha, com um vibrador.
5.       “Homens não têm”
Verdade que é raro um cara experimentar uma sequência de orgasmos numa única transa. Ao contrário das mulheres, os homens passam por um “período refratário” maior.Em outras palavras, o corpo precisa de mais tempo para se recuperar e recomeçar a brincadeira. Não é uma opinião minha, não, é fato científico. Logo depois do clímax, o sangue sai do pênis e ele amolece. Acontece que os praticantes do sexo tântrico conseguem segurar a ejaculação e, com isso, não perdem a ereção. Eles têm “orgasmos secos”… gozam sem gozar. Será que fui clara? Hum, seria um prazer sem expelir líquido. Segundo o tantra, sem descarregar essa “energia”, é possível continuar por horas a fio E TENDO ORGASMOS SEGUIDOS.
*Nathalia Ziemkiewicz, autora desta coluna, é jornalista pós-graduada em educação sexual e idealizadora do blog Pimentaria
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO

Nenhum comentário:

Postar um comentário