quinta-feira, 7 de julho de 2016

Amor ou obsessão? O lado obscuro do amor

É perfeitamente possível perder a cabeça por causa de outra pessoa.

   Quando gostamos de alguém, especialmente no início, sofremos uma verdadeira revolução interna, em todos os sentidos. Durante dias e até durante semanas, a pessoa ocupa nosso cérebro, o tempo todo. Algumas pessoas chegam a passar por um transtorno temporário, mas muito intenso, chamado limerência.
A “doença do amor” pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade, e provoca um comportamento obsessivo-compulsivo que, felizmente, tende a desaparecer em pouco tempo. 
Isso acontece de uma forma súbita e involuntária e embora pareça algo romântico, não é. A limerência consiste em uma necessidade urgente e incontrolável de se estar com uma pessoa, algo que provoca um verdadeiro turbilhão de sentimentos e emoções desde extrema timidez, gagueira, nervosismo, confusão, até tremores, palpitações e euforia. 
   O amor precisa ser ao menos um pouco racional. Quando idealizamos demais a pessoa amada, cair na real pode ser muito doloroso. (Foto: Getty Images)
Os sintomas físicos são difíceis de controlar e podem nos colocar em situações cômicas ou dramáticas, de acordo com o jeito de ser de cada um. 
No entanto, a coisa pode ficar feia, já que a necessidade de ser correspondido pela outra pessoa pode se transformar em uma obsessão. Quando chega a este ponto, tudo que o amor tem de positivo acaba se tornando negativo. A admiração se transforma em pânico, medo e comportamentos que beiram a loucura.
Tome cuidado se você começar a fantasiar demais sobre como conquistar o interesse da pessoa ou organizar seu tempo de uma maneira que suas atividades promovam “encontros acidentais”. 
“A limerência é um estado involuntário e interpessoal que envolve um desejo agudo de reciprocidade emocional. Pensamentos, sentimentos e comportamentos obsessivo-compulsivos, bem como a dependência emocional de outra pessoa, são todos sintomas”, explica a psicóloga Dorothy Tennov em seu livro, Love and Limerence: The Experience of Being in Love, onde o termo foi cunhado pela primeira vez. 
   Tennov explica que esse “transtorno” ataca o cérebro através de uma série de processos bioquímicos, como a liberação de noradrenalina, dopamina, feniletilamina, estrogênio e testosterona. Os hormônios exaltam os sentimentos e desencadeiam a euforia de um novo amor, promovendo o apego durante os dois primeiros anos da relação.
O problema surge quando este sentimento “limpo” se converte em uma obsessão, transformando-se em um assédio à outra pessoa, que pode afetar a qualidade de vida.
Quando uma pessoa está sofrendo de limerência, sua mente tende a relembrar os encontros que teve com a outra pessoa e sofrer pelos que não teve. Em casos mais extremos, uma rejeição pode causar tentativas de suicídio. Em alguns casos, o amor age como uma droga, turvando o cérebro e levando a pessoa a extremos para atingir o objeto de sua afeição.
Se você não quer chegar a este ponto, tente não idealizar demais o seu parceiro, seja positiva ou negativamente. É preferível que você tente inseri-lo no eixo da sua vida, mantendo-se independente, sem perder seu círculo de amizades, preferências ouhobbies. 
Lembre-se de que o amor não é sinônimo de dependência emocional. Um relacionamento saudável é forjado com o tempo (de forma natural), através da intimidade física, respeito e comprometimento. 
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 

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