(Getty Images)
Gracyanne Barbosa, a bombadona mulher do cantor Belo, contou em seu perfil no Snapshat que sofre de prisão de ventre. Estava há dez dias sem ir ao banheiro (gente, aqueles gomos na barriga seriam cocôs em relevo?) e até a polícia foi chamada para ajudar. É que o marido, sonolento, não a encontrou em casa e pensou que ela tivesse sido sequestrada. Mais uma dessas histórias maravilhosas que as subcelebridades nos proporcionam. Nenhum repórter perguntou, mas eu queria saber se a constipaçãoatrapalha a frequência de sexo do casal. Sério! Por que você acha que uma famosa marca de iogurtes fez propaganda com a Fernanda Lima dando colheradas e dizendo estar “pronta pra namorar”?
Reflita sobre o significado da expressão “enfezado”… Qualquer pessoa entupida de fezes fica instintivamente nervosa. Mulheres, então, se sentem feias e inchadas. Aquela barriga dura de pedra que te obriga a trocar a calça de zíper por uma legging ou vestidinho solto. Segue a rotina torcendo pra ninguém desconfiar que você está grávida (“tô, sim, vai se chamar glúten”). Olha, pensando bem, evacuar depois de DEZ DIAS deve ser quase um parto mesmo. Cólicas e pontadas, faz força-força-forçaaaaaa e nem a cabecinha aparece. A preguiça das tripas vira a preguiça da libido. Como morrer de tesão quando se está morrendo de medo de soltar gases numa levantada de pernas?
Segundo uma pesquisa da Federação Brasileira de Gastroenterologia com a Danone Research, realizada em 2012, distúrbios intestinais como a prisão de ventre afetam a vida sexual de 57% das brasileiras. Das 3.500 entrevistadas, 22% afirmam perder o apetite sexual e 17% deixam de transar. Aposto que uma pequeníssima fração fala a verdade pro parceiro: “Hoje, não, tô com dor de barriga”. Inventa a clichê dor de cabeça. Porque nossa cultura liga a imagem da mulher à pureza, como se nós não fôssemos feitas com iguais necessidades fisiológicas.
Mulheres cagam – lidem com este fato. A não ser que seja a Barbie ou a Hello Kit, claro. Não deveríamos ter vergonha ou minimizar o entupimento fecal recorrente. Duas em cada três convivem com o problema, das quais 46% TODA SEMANA!!! Somos mais propensas ao porque a descarga de progesterona, um dos hormônios femininos, diminui os movimentos intestinais. Além disso, o órgão é mega sensível e “reage” ao nosso estado emocional. Se estamos tensas, ele trava. E, muitas vezes, o ânus não é a única via que acaba interditada…
*Nathalia Ziemkiewicz, autora desta coluna, é jornalista pós-graduada em educação sexual e idealizadora do blog Pimentaria.
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO
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