terça-feira, 1 de março de 2016

Estas 6 perguntas podem prever seu risco de ter uma DST

A simples ideia de fazer um exame para detectar uma doença sexualmente transmissível (DST) já é bastante perturbadora para alguns, e isso pode até mesmo impedir as pessoas de fazer esse exame. Por isso, os pesquisadores da Johns Hopkins School of Medicine descobriram uma maneira de tornar esse processo um pouco mais fácil. 
    Responder o questionário leva menos de 5 minutos. (Fotos: Getty Images) 

Eles criaram um teste rápido para ajudar as pessoas a avaliar o seu risco de ter uma DST. O questionário averigua sua idade e também inclui as seguintes perguntas:
  • Você teve um novo parceiro sexual ou múltiplos parceiros sexuais (ou ambos) nos últimos 90 dias?
  • Você tem mais de um parceiro sexual atualmente?
  • Já lhe disseram que você tinha uma doença sexualmente transmissível ou que você devia submeter-se a um tratamento para combater esse tipo de doença, no passado?
  • Quantos parceiros sexuais você teve nos últimos 90 dias?
  • Quando você faz sexo, usa sempre preservativo?
Depois de fazer o teste, você receberá uma pontuação que indicará se o seu nível de risco de contrair uma DST é baixo, intermediário, alto ou muito alto. As questões têm pontuações diferenciadas — algumas como, por exemplo, a do uso do preservativo e o número de parceiros sexuais pesam muito mais do que as outras.
As perguntas do questionário foram testadas durante uma pesquisa feita com 836 mulheres e 558 homens, todos com pouco mais de 20 anos. Os resultados foram publicados na revista Sexually Transmitted Infections.
De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas que fez o teste não obteve uma pontuação de alto risco, e apenas 14% das mulheres e 7% por cento dos homens tinham uma DST. Mas as mulheres que obtiveram uma pontuação alta corriam um risco muito maior de contrair uma DST: suas probabilidades de contrair clamídia, gonorreia ou tricomoníase eram quatro vezes maiores.
 “Nós tentamos elaborar perguntas fáceis, que pudessem ser respondidas rapidamente e que não fossem ameaçadoras,” diz a Dra. Charlotte Gaydos, professora de medicina da Divisão de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, ao Yahoo Health
Algumas questões sobre o uso de preservativos e o número de parceiros sexuais são bastante óbvias, mas o que dizer das outras? A Dra. Melissa Goist, Ginecologista e Obstetra do The Ohio State Wexner Medical Center, diz ao Yahoo Health que essas questões não são incomuns — geralmente são as mesmas perguntas que ela faz aos pacientes que vão ao seu consultório para fazer uma consulta que indique se eles precisam ou não fazer um exame para detectar alguma doença sexualmente transmissível.
Quanto à pergunta sobre se você já teve uma DST no passado, a especialista em saúde da mulher, Jennifer Wider, M.D., diz que há uma ligação entre ter contraído uma DST no passado e o risco de contrair outra no futuro. “Os estudos mostram que algumas DSTs podem aumentar o risco de contrair o HIV e outro tipo de DSTs, já que elas causam irritação vaginal e ferem a vagina da mulher”, diz ela. “Isso permite que fluidos corporais como o sêmen penetrem no interior do corpo da mulher, resultando em infecções adicionais.”
A idade pode parecer arbitrária, mas de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os jovens de 15 a 24 anos são responsáveis por metade de todas as novas infecções de DST — mesmo que eles representem apenas um quarto da população sexualmente ativa.
E se você estiver se perguntando por que as mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a contrair uma DST, a Dra. Wider informa ao Yahoo Health que isso é realmente assim. “Os homens são menos propensos a ter uma DST, quando comparados com as mulheres, mas apenas no que se refere à parte biológica”, diz ela. As células do colo do útero da mulher podem fazer com que ela seja mais vulnerável a DSTs como a clamídia, por exemplo.
As pessoas que fizeram o teste e vivem em Maryland ou em Washington DC, podem se inscrever para receber um kit gratuito para a análise de doenças sexualmente transmissíveis. Use o cotonete fornecido no kit e colete uma amostra de sua secreção genital ou retal, envie-a de volta para o laboratório indicado e aguarde os resultados. Quanto ao resto dos participantes do estudo, Goist ainda recomenda que eles façam testes regularmente para detectar DTS — independentemente de sua pontuação. “Qualquer pessoa que estiver interessada em fazer o teste deve considerar a possibilidade de fazer um exame”, diz ela. “O teste é fácil e totalmente indolor.”

ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 

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