A simples ideia de fazer um exame para detectar uma doença sexualmente transmissível (DST) já é bastante perturbadora para alguns, e isso pode até mesmo impedir as pessoas de fazer esse exame. Por isso, os pesquisadores da Johns Hopkins School of Medicine descobriram uma maneira de tornar esse processo um pouco mais fácil.
Responder o questionário leva menos de 5 minutos. (Fotos: Getty Images)
Responder o questionário leva menos de 5 minutos. (Fotos: Getty Images)
Eles criaram um teste rápido para ajudar as pessoas a avaliar o seu risco de ter uma DST. O questionário averigua sua idade e também inclui as seguintes perguntas:
- Você teve um novo parceiro sexual ou múltiplos parceiros sexuais (ou ambos) nos últimos 90 dias?
- Você tem mais de um parceiro sexual atualmente?
- Já lhe disseram que você tinha uma doença sexualmente transmissível ou que você devia submeter-se a um tratamento para combater esse tipo de doença, no passado?
- Quantos parceiros sexuais você teve nos últimos 90 dias?
- Quando você faz sexo, usa sempre preservativo?
Depois de fazer o teste, você receberá uma pontuação que indicará se o seu nível de risco de contrair uma DST é baixo, intermediário, alto ou muito alto. As questões têm pontuações diferenciadas — algumas como, por exemplo, a do uso do preservativo e o número de parceiros sexuais pesam muito mais do que as outras.
As perguntas do questionário foram testadas durante uma pesquisa feita com 836 mulheres e 558 homens, todos com pouco mais de 20 anos. Os resultados foram publicados na revista Sexually Transmitted Infections.
De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas que fez o teste não obteve uma pontuação de alto risco, e apenas 14% das mulheres e 7% por cento dos homens tinham uma DST. Mas as mulheres que obtiveram uma pontuação alta corriam um risco muito maior de contrair uma DST: suas probabilidades de contrair clamídia, gonorreia ou tricomoníase eram quatro vezes maiores.
“Nós tentamos elaborar perguntas fáceis, que pudessem ser respondidas rapidamente e que não fossem ameaçadoras,” diz a Dra. Charlotte Gaydos, professora de medicina da Divisão de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, ao Yahoo Health.
Algumas questões sobre o uso de preservativos e o número de parceiros sexuais são bastante óbvias, mas o que dizer das outras? A Dra. Melissa Goist, Ginecologista e Obstetra do The Ohio State Wexner Medical Center, diz ao Yahoo Health que essas questões não são incomuns — geralmente são as mesmas perguntas que ela faz aos pacientes que vão ao seu consultório para fazer uma consulta que indique se eles precisam ou não fazer um exame para detectar alguma doença sexualmente transmissível.
Quanto à pergunta sobre se você já teve uma DST no passado, a especialista em saúde da mulher, Jennifer Wider, M.D., diz que há uma ligação entre ter contraído uma DST no passado e o risco de contrair outra no futuro. “Os estudos mostram que algumas DSTs podem aumentar o risco de contrair o HIV e outro tipo de DSTs, já que elas causam irritação vaginal e ferem a vagina da mulher”, diz ela. “Isso permite que fluidos corporais como o sêmen penetrem no interior do corpo da mulher, resultando em infecções adicionais.”
A idade pode parecer arbitrária, mas de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os jovens de 15 a 24 anos são responsáveis por metade de todas as novas infecções de DST — mesmo que eles representem apenas um quarto da população sexualmente ativa.
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