segunda-feira, 18 de abril de 2016

Fortes chuvas causam cheias e deixam capital do Chile sem água potável

    Chilenos correm ao supermercado para comprar água mineral em função da falta de água potável na capital

As fortes chuvas que atingiram neste fim de semana o centro do Chile causaram a cheia do rio Mapocho, que cruza Santiago, e mais de quatro milhões de pessoas continuam sem água potável na capital.
Até o momento, os deslizamentos de terra e as cheias dos rios que nascem na cordilheira dos Andes deixaram um morto e vários desaparecidos, segundo as autoridades.
"Há uma situação extrema em toda a região metropolitana", afirmou o governador da capital, Claudio Orrego.
As autoridades decretaram o fechamento dos colégios da capital nesta segunda-feira por causa da falta de água potável que afeta desde sábado mais de quatro milhões de pessoas.
O mais emblemático de seus prédios e um dos mais altos da América Latina, o Costanera Center, que abriga um enorme centro comercial, fechou suas portas porque os estacionamentos viraram piscinas e algumas lojas no primeiro andar estão alagados.
Há 20 anos o Mapocho não registrava uma cheia, principalmente no bairro de Providência, zona oeste da capital chilena, devido às chuvas e aos trabalhos realizados em uma rodovia que desviaram as águas do rio.
Essas obras na rodovia que corre paralela ao Mapocho contribuíram para a cheia do rio e a inundação.
"Advertimos à empresa encarregada das obras, mas ela não tomou as medidas necessárias para enfrentar a chuva, e a água penetrou em túnel em construção, saiu pela boca do túnel e provocou o problema que temos agora", declarou Alberto Undurraga, ministro de Obras Públicas.
Os deslizamentos de terra também provocaram a queda de logo nas águas do rio Maipo, que proporciona 70% da água potável de Santiago, o que levou a empresa Águas Andinas a manter pelo segundo dia o corte do abastecimento a quase trinta bairros da capital.
As autoridades não têm ainda certeza de quando será restabelecido o serviço.
"Devemos esperar agora que o serviço vai restabelecer o serviço até a meia-noite deste domingo ou se será necessário manter o corte de água potável", afirmou Claudio Orrego.
Foi decretado um alerta vermelho na região metropolitana, de mais de sete milhões de habitantes, o que permitirá utilizar os recursos necessários e disponíveis para agir e controlar a situação.
O governo de Santiago adotou um plano de emergência que inclui a ativação de 45 açudes e a mobilização de mais de 60 caminhões-tanque para abastecer a população afetada.
Enquanto isso, nas redes sociais foram reproduzidas imagens de supermercados onde milhares de pessoas foram para comprar água envasada, deixando as prateleiras vazias.
O mau tempo também afeta a região de O’Higgins, sul de Santiago, em zonas rurais onde há centenas de pessoas flageladas e isoladas e imóveis danificados, segundo informou Escritório Nacional da Emergência (Onemi).
El Teniente, a maior mina de cobre subterrânea do mundo, localizada na zona pré-cordilheria desta região, mantinha suspensas suas operações devido aos danos que sua infraestrutura sofreu em função das chuvas.
As autoridades anunciaram que as chuvas se estenderiam durante todo o fim de semana, sobretudo na região pré-cordilheira central do Chile e com menor força em Santiago. 
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 


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