quarta-feira, 6 de abril de 2016

Mulher esconde gravador no cabelo durante cirurgia e pega médico falando mal de seu corpo durante o procedimento

Uma mulher diz ter sido vítima de depreciação por médicos e enfermeiros enquanto estava na mesa de operações. Ela diz ter um arquivo de áudio, oriundo de um gravador escondido em seus cabelos, que prova sua acusação. A mulher ainda fala sobre as “cicatrizes, físicas, mentais e emocionais” causadas pela experiência. 
                      Ethel Easter diz ter uma gravação de áudio de um médico depreciando seu corpo durante uma cirurgia. (Foto: Facebook) 

“Quando pessoas nas quais você devia confiar tratam você assim, é uma situação terrível”, disse Ethel Easter, de Houston, em prantos, para o Yahoo Beauty. A experiência ocorreu no Johnson Hospital em Houston, onde ela fez uma cirurgia de hérnia em agosto, que deveria corrigir um refluxo ácido. “Estou com problemas de autoestima”.
Easter, uma agente imobiliária, explica que foi colocada “entre a cruz e a espada” quando se consultou com um cirurgião através do Sistema Único de Saúde do país, e que ele seria um dos únicos 2 especialistas qualificados que aceitariam tratá-la pelo Sistema de baixo custo. “Eu estava precisando de cuidados médicos”, explica ela, dizendo que sentia muitas dores toda vez que comia e já tinha feito muitos exames, envolvendo endoscopias, tubos nasais e outros. O médico lhe disse que ela precisaria esperar dois meses para fazer a cirurgia, o que abalou ainda mais sua fragilidade.
“Eu comecei a chorar e ele não me consolou”, disse ela. “A forma como ele falou comigo foi horrível. Segundo ele, eu teria que esperar, ‘como todo mundo’”. Embora sua atitude tenha acendido um ‘sinal vermelho’ para ela, soando até um tanto ‘racista’, o médico em questão era o mais experiente para lidar com problemas como o dela. Então Easter sentiu que não tinha outra opção, senão marcar a cirurgia com ele. 
                              Easter, mostrando como escondeu o gravador nos cabelos. (Foto: Facebook) 
Ela estava preocupada com a maneira com a qual ele poderia tratá-la, o que inspirou uma ação ousada e criativa: esconder uma miniatura de gravador nos cabelos, para 6 horas de gravação. Embora o cabelo de Easter esteja natural agora, ela usava uma longa trança na época, o que permitiu que ela escondesse o gravador sem levantar suspeitas. Ela disse que começou a gravar enquanto se despia, antes da cirurgia.
“Eu não tinha ideia do que aconteceria a seguir”, explica ela, dizendo que temia o pior. “Eu tinha medo de não sobreviver à cirurgia e ninguém iria saber que os médicos não se importavam comigo como pessoa. Minha vida estava na mão deles. Eu queria saber quem eram essas pessoas de verdade". 
Ela conseguiu sobreviver à cirurgia, mas disse que ao ouvir o áudio gravado durante da cirurgia, viu que era “terrível”. Entre alguns exemplos escolhidos, que podem ser ouvidos em um relatório recente da Fox 26, foram feitos vários comentários depreciativos sobre o corpo de Easter, incluindo seu umbigo. Os médicos falavam também sobre o problema de obesidade dela com desrespeito e faziam referências maldosas chamando-a de “Preciosa”(referência  uma personagem obesa de uma novela local), além de comentarem sobre as queixas que ela fez por ter que esperar pela cirurgia, e do médico atender o telefone celular. Houve também uma discussão sobre administrar ou não cefazolina, uma droga relacionada à penicilina, a qual Easter é alérgica. Ela alega que ele lhe deu a droga e que ela foi parar na sala de emergência com uma grave reação alérgica.
O porta-voz do Sistema de Saúde não respondeu ao pedido de comentário do Yahoo Beauty, citando leis de confidencialidade do paciente na Fox 26. Easter diz que o hospital escreveu a ela diretamente, admitindo que sua queixa havia sido revista e que a conduta da equipe tinha sido pouco profissional.
Embora Easter não tenha planos imediatos de mover uma ação judicial, ela está trabalhando com um ativista local, Quanell X, que atualmente está atuando como seu “advogado”. Ele disse para o Yahoo Beauty que ficou “horrorizado com o comportamento dos médicos na sala de cirurgia. Eles disseram coisas que não deveriam ser ditas sobre ninguém. Deveríamos nos preocupar com o que acontece nas salas de cirurgia quando as pessoas estão inconscientes e não há ninguém para defendê-las”.
Embora seguir em frente não esteja sendo fácil para Easter, muito menos para seu marido, que disse ter ficado “muito perturbado” com a situação, ela acredita que tudo isso foi importante. “Eu quero que as pessoas percebam o que acontece por trás das portas fechadas”, disse ela, observando que não recebeu nenhum pedido de desculpas do hospital nem do cirurgião. “Nós esperamos profissionalismo, mas é isso que recebemos. É revoltante. A fita inteira é terrível.“
Beth GreenfieldRedator sênior 
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 

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