Em janeiro deste ano, o catarinense Carlos Mariotti estampou os principais portais do mundo depois que precisou de uma invenção cirúrgica na qual tinha a mão esquerda costurada dentro da barriga. Passados os 40 dias estipulados pelos seus médicos, ele finalmente tirou o membro “do bolso” e contou como se sentiu nas últimas semanas.
Foi na última segunda (9) que o seu martírio acabou. De acordo com reportagem do G1, tudo começou com um grave acidente de trabalho, quando a mão esquerda dele foi dilacerada após ficar presa em uma máquina de fazer bobinas, na fábrica onde trabalhava.
Ao chegar no hospital, os médicos prontamente levantaram a hipótese de amputação da mão, mas um último recurso ainda era possível: colocá-la dentro do corpo, a fim de proteger os ossos até que os tecidos se regenerassem.
Depois disso, deverá passar por enxerto. Segundo o ortopedista e traumatologista Bóris Bento Brandão, trata-se de um procedimento considerado “clássico” na cirurgia.
“Foi um pouco incômodo, fiquei 40 dias sem dormir direito. Na última semana, fiquei um pouco ansioso”, contou Mariotti ao site. Ele admitiu que precisou de disciplina para manter o membro “dentro do bolso”, como orientou o médico. “Botei na minha cabeça e nunca tive a intenção de puxar; poderia arrebentar os pontos. Quando eu me levantava da cama, doía, mas sempre tive fé.”
Até o momento, tudo está sendo considerado bem sucedido e de acordo com o esperado. “Vamos dizer que está meio caminho andado, evoluindo dentro do que esperamos”, completou Brandão ao portal. “Ver o jeito que a mão estava e como está agora, para mim, é uma felicidade.”
O médico explicou que atualmente a mão danificada está parecendo uma “luva de boxe”, isto é: com os dedos (menos o dedão) grudados pela pele. Os próximos passos são a realização de enxertos localizados e, depois, a separação dos dedos. Para se ter uma ideia de como a situação é delicada e dolorida, o homem precisa ser anestesiado toda vez que troca o curativo.
O mais surpreendente de tudo é que, mesmo após sofrer um acidente de trabalho completamente traumático física e psicologicamente, o objetivo de Carlos é voltar ao trabalho. “Mostraram umas imagens. É outra mão, uma mão maior. Mas vai demorar um pouco. Um, dois anos, mas vou poder abotoar um botão da camisa, dirigir. Minha expectativa é poder voltar a trabalhar”, encerrou.
Fotos: Reprodução/G1
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