quarta-feira, 4 de maio de 2016

O abraço de uma xícara de café

                               (Foto: Thinkstock)

O café é um abraço, um ‘vai, cara’, vai que a vida espreita na Linha Vermelha do metrô, vai que o cão do dia late, mas só morde quem se reprime na fila do cartão de ponto.
O café é um afago, um ‘conte comigo’, um ‘está tudo bem’, um ‘vai dar tudo certo’, a vida ainda é uma estrada relativamente longa e você deve caminhar sem medo.
Não se sabe de nenhum suicida que tenha tomado uma xícara de café antes de se atirar do oitavo andar. O café é a segunda chance, é o ‘calma aí’, é o ‘presta atenção’ e o ‘não faz isso, porra’.
O café é um espelho, um jeito de olhar pra dentro, uma selfie da alma, mesmo quando a alma, aborrecida, não quer mais estar.
Não se sabe de nenhum amor que tenha terminado mal por culpa de um café. Sabe-se de amores que já haviam morrido bem antes do primeiro gole, amores que foram entregues ao sacrifício do esquecimento de uma forma mais humana e aconchegante – justamente por conta de um café.
O que se sabe são dos livros que nasceram depois de um café. Todos lindos. Mesmo os ruins. Ou os muito ruins.
Depois de um fora, café.  De um chifre, café. De uma demissão, café. De uma aflição, café. De uma indignação, café.
O estômago que se vire.
Café é o tônico da coragem, o elixir da humanidade, é deus como deus deveria ser.
Café é aquele milagre que quase ninguém vê.  
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 

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