quarta-feira, 20 de julho de 2016

Diga-me como julgas e eu te direi quem és

As escolhas e decisões são uma parte integrante das nossas vidas. Nós, seres humanos, somos verdadeiras máquinas de tomar decisões. Estamos rodeados por escolhas. Isso é o que nos permite compartilhar informações e nos preparar para o futuro.
                     reprodução yahoo 

Em algumas ocasiões, há certo desprezo pelos julgamentos, no sentido de muitos “não serem objetivos”, como se apenas esses fossem dignos de importância. Os julgamentos são uma fonte fundamental de informação e devem ser tratados como tal. Esta distinção é fundamental para que não limitemos nossas possibilidades na hora de tomar decisões.
Antes de mais nada, o que é um julgamento? No âmbito da ontologia, o julgamento é um tipo de declaração. Uma declaração que faço com base nas informações que eu tenho. Ou seja, com base nas informações que eu possuo, eu emito um julgamento sobre uma questão.
“Este restaurante é terrível”. Esta declaração é uma opinião emitida com base na experiência de uma pessoa com um estabelecimento. Pode ser que uma segunda pessoa tenha adorado o mesmo restaurante e, consequentemente, emitido um julgamento diferente. Parece óbvio, não é? Mesmo assim, as pessoas vivem nos forçando a aceitar seus julgamentos sobre qualquer coisa como se fossem verdades absolutas.
É a experiência pessoal que define o julgamento que uma pessoa faz sobre algo. Cada um de nós observa o mundo de uma maneira diferente. Nós vivemos, gostamos e sentimos de forma diferente. Dois amigos podem ir ao mesmo restaurante ao mesmo tempo e um achar que o lugar é maravilhoso, pois o garçom foi muito prestativo, enquanto o outro pode ter odiado a experiência porque não gostou da comida. Uma mesma situação pode ser compreendida de várias formas diferentes. Minha maneira de ver o mundo determina o que eu gosto ou não gosto. A maneira como eu julgo cada coisa diz muito sobre que eu sou. 
“Minha chefe é uma pessoa má.” Esta declaração pode ser ou não verdade. Julgamentos não são verdadeiros ou falsos, não descrevem a realidade ou fornecem informações. Grande parte dos julgamentos que fazemos são infundados.
Convidamos você a fazer um teste. Escolha três julgamentos, um sobre si mesmo, outro sobre alguém que você conhece e um terceiro sobre o mundo. Para fundamentar um julgamento, três fatores são necessários:
1. O objetivo
O julgamento traz para o presente uma experiência passada, para que tenhamos uma referência futura sobre algo. Para formar um julgamento, a tal referência futura precisa ser muito bem definida. "A Sara é muito egoísta”. Este julgamento pode ter sido emitido como um lembrete para a próxima vez que uma pessoa precisar conviver com a tal Sara.
2. O escopo
A Sara é sempre egoísta? Ou só age assim perto dos seus filhos? Ou só quando está preparando uma viagem para a Espanha? É importante lembrar que ninguém é ruim o tempo todo, mesmo que se esforce para isso.
3. O padrão
“Pepe não é nada carinhoso”. A definição de “carinhoso” não é a mesma na América Latina, na Europa e no Japão. Para se estabelecer um julgamento, é preciso se basear em um padrão. A Sara pode ser egoísta para suas amigas solteiras, mas não para aquelas com filhos, porque com elas compartilha uma maneira diferente de enxergar as coisas.
4. Os fatos devem apoiar nosso julgamento
“Quando as amigas são reunidos, Sara come e bebe sem perguntar se alguém quer alguma coisa”, “Sara reservou uma mesa no restaurante sem perguntar se o horário seria bom para todos”, “Sara só quer sair comigo quando seu marido não está disponível”. Veja que as declarações acima são todas fundamentadas em fatos. Dizer que “Sara é egoísta porque é impontual” não é válido, além de ser um julgamento prematuro. “Sara chegou 15 minutos atrasada nos nossos três últimos encontros” é uma afirmação baseada em fatos reais.
5. Alguns fatos podem desmentir nossos julgamentos
Quando isso acontece, provavelmente nosso julgamento é inválido e infundado. “Sara nunca se esquece do meu aniversário. Ela me envia presentes todos os anos”. “Sara me liga todos os domingos e se oferece para me levar ao supermercado”, “Sara nunca sai de um bar sem deixar gorjeta”. Essas declarações desmentem o julgamento de que Sara é egoísta. Muito pelo contrário, elas descrevem uma pessoa bastante generosa, certo? As declarações que não passam nesses testes são certamente infundadas.
Através deste exercício, você poderá saber com mais detalhes a origem dos seus julgamentos, adquirindo informações fundamentais para moldar seu futuro.
Lucía Mayor | Woman.es 
ED NOTÍCIAS BLOG/FONTE;YAHOO 

Nenhum comentário:

Postar um comentário