quarta-feira, 1 de março de 2017

Gases? Como identificar se eles são consequência da intolerância à lactose?

A alimentação e o estilo de vida podem causar incômodos estomacais 
                    Os arrotos, os ruídos estomacais, o inchaço abdominal e os gases podem ser causados por outras coisas diferentes do leite. (Foto: Getty) 


Muitas pessoas vão ao médico por causa de problemas digestivos como dor abdominal, gases intestinais, distensão abdominal ou flatulências. Com frequência acreditamos que estes incômodos estão relacionados à ingestão de laticínios e, de forma voluntária, acabamos eliminando-os da dieta, sem pensar nas possíveis consequências.
No entanto, segundo os dados da Sociedade Espanhola de Patologia Digestiva (SEPD), cerca de 30% da população espanhola sofre desta condição.
“Trata-se de um conjunto de alimentos que, por suas características nutricionais, são os mais básicos, equilibrados e completos em composição de nutrientes, oferecem proteínas de alto valor biológico, gorduras, lactose, minerais e vitaminas lipossolúveis. Eles constituem uma ótima fonte de cálcio e de vitamina D, necessários para um correto metabolismo ósseo, em diferentes etapas da vida,” explica o Dr. Francesc Casellas Jordá.
Embora diarreia, dor abdominal, flatulência, distensão abdominal e inchaço sejam sintomas que podem surgir devido à fermentação bacteriana da lactose não digerida no cólon, esta sintomatologia não é exclusiva da intolerância à lactose. Em muitos casos é difícil chegar a um diagnóstico preciso e o problema passa despercebido. 
    Se a dor e os incômodos são frequentes, é preciso consultar um especialista o quanto antes. (Foto: Rex) 

Os especialistas insistem que não devemos ficar obcecados e acreditar que tudo que acontece em nosso corpo é culpa dos laticínios. Eles destacam, inclusive, o papel protetor do leite, pois os benefícios da vitamina D vão além da saúde óssea, “já que é um imunonutriente que participa de muitos processos metabólicos e imunológicos de nosso organismo”.
O consumo de laticínios também tem efeitos benéficos na regulação da pressão arterial, no controle do peso, e na prevenção da obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica e alguns tipos de câncer. Por tudo isso, alguns especialistas afirmam que parar de consumir laticínios de forma não controlada pode trazer riscos para a saúde. 
       Antes de eliminar qualquer alimento da sua dieta, consulte um médico para fazer os exames apropriados. (Foto: Getty Images)  

Antes de tomar uma decisão precipitada, confira a seguir as recomendações da Fundação Espanhola do Aparelho Digestivo (FEAD), que também ressalta a importância de contar com o aconselhamento de profissionais e com um controle especializado.
Decálogo sobre a intolerância à lactose:
  1. O leite e os laticínios são alimentos básicos em nossa dieta.
  2. O leite contém gorduras, proteínas e açúcares, entre os quais a lactose é o mais importante.
  3. O intestino tem a capacidade de absorver a lactose graças a uma enzima chamada lactase.
  4. A partir da infância, é comum que ocorra uma redução da capacidade de digerir a lactose devido a um mecanismo genético preestabelecido.
  5. Quando a lactose não é digerida e absorvida de forma adequada, esta má absorção se manifesta através dos sintomas da intolerância à lactose.
  6. Os sintomas de intolerância à lactose costumam estar relacionados à ingestão de laticínios, embora muitos fatores influenciem seu grau de severidade.
  7. A intolerância à lactose se manifesta com sintomas como a diarreia, borborigmos, distensão abdominal, etc.
  8. Não existe uma relação direta entre a severidade da má absorção da lactose e a intensidade dos sintomas.
  9. A grande diversidade de sintomas da intolerância torna necessário fazer exames objetivos que avaliem a capacidade de absorção da lactose.
  10. As pessoas com intolerância à lactose podem adaptar sua dieta à quantidade de lactose que conseguem digerir, e contam com a ajuda dos laticínios dos quais a lactose foi extraída.   

    Saber o que você come e fazer anotações sobre a forma como você se sente quando ingere cada alimento, pode dar pistas sobre o tipo de alimentação que lhe faz bem. 


Para sanar as dúvidas é preciso comprovar a existência de outros tipos de sintomas menos comuns, como as náuseas ou a prisão de ventre, e de uma série de sintomas sistêmicos que ainda não foram bem definidos, como a cefaleia e as dores musculares e articulares. Estes dependem da quantidade de lactose ingerida e do grau de má absorção da mesma.
Entre os exames que podem ser feitos destacam-se os exames genéticos, a biopsia intestinal, o Quick test, o teste respiratório do hidrogênio expirado e o teste de tolerância à lactose.
ED NOTÍCIAS BLOG\FONTE;YAHOO 

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